"Que o Senhor vos ilumine, abençoe e vos proteja."

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Serpa do meu Alentejo..



torre do relógio

Na área deste parque são de realçar outros recursos, como o rio Guadiana, o Pulo do Lobo, o Centro Histórico de Mértola, a Mina de S. Domingos, o Podarão e os moinhos de água e de vento. A área do parque é também denominada "troço médio do vale do Guadiana".









Aspectos Geográficos
O concelho de Serpa, do distrito de Beja, ocupa uma área de 1106,5 km2 e abrange sete freguesias: Aldeia Nova de São Bento; Brinches; Pias; Salvador; Santa Maria; Vale de Vargo e Vila Verde de Ficalho.O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Vidigueira, a nordeste por Moura, a oeste por Beja e a sudoeste por Mértola.Este concelho apresentava, em 2001, um total de 16 723 habitantes.Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o Verão, em que a temperatura média varia entre os 29 °C e os 31 °C. No Inverno, as temperaturas são baixas (2 °C).A sua morfologia é marcada pela serra de Guadalupe (279 m), da Charneca (164 m), a serra da Adiça (522 m) e do Ficalho (522 m).Dos recursos hídricos, podem-se referir o rio Guadiana, o rio Chança, a ribeira de Liras, a ribeira de Vidigão e a ribeira de Enxoé.As terras concelhias estão abrangidas pelo Parque Natural do Vale do Guadiana, que tem um elevado interesse faunístico, florístico, geomorfológico, paisagístico e histórico-cultural.
História e Monumentos
A nível do património arquitectónico, destacam-se a Igreja de São Francisco, do século XVI e as muralhas de Serpa, tendo a fortaleza sofrido grandes danificações com a guerra da Sucessão de Espanha, mas conservando, contudo, importantes panos de muralhas, sendo de salientar o que é encimado por uma longa arcaria do aqueduto, que conduz a uma nora monumental mourisca. De referência ainda o Santuário de Nossa Senhora da Guadalupe, do século XVI, em estilo moçárabe, que apresenta no seu interior uma imagem do século XV de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira de Serpa. Este local é muito frequentado e é habitado por um ermitão. Por último, a Torre do Relógio, do século XVIII, e o Santuário de Nossa Senhora das Pazes, do qual a ermida foi erguida como símbolo de unidade entre o povo de Ficalho e da vizinha povoação espanhola de Rosal de la Frontera . Possui um valor artístico pouco relevante, sendo apenas de realçar o conjunto de pedra lavrada que circunda o nicho de Nossa Senhora.

Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo foram estes que fomentaram o desenvolvimento do concelho, em especial a nível agrícola.Em 1166, foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, tendo sido perdida por várias vezes.Foi definitivamente constituída como concelho por D. Dinis, que também mandou reconstruir o seu castelo e cercar Serpa por uma cintura de muralhas, em 1295. Em 1512, D. Manuel I deu a Serpa um novo foral.A sua localização, próxima da fronteira espanhola, acarretou graves problemas para o desenvolvimento deste concelho. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São muitas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar a festa de Santa Iria, realizada no fim-de-semana mais próximo de 20 de Outubro, a festa de Vales Mortos, que ocorre a 15 de Agosto, a festa de S. João, realizada a 24 de Junho, a festa de Nossa Senhora da Guadalupe, realizada na altura da Páscoa, na qual se efectua uma procissão no Domingo de Páscoa para a cidade de Serpa regressando a imagem à ermida na terça-feira seguinte, em procissão. Realça-se também a festa de Nossa Senhora das Pazes, no segundo domingo de Páscoa, a festa de Santa Luzia e a Festa de S. Luís e do Santíssimo Sacramento, que decorre no primeiro fim-de-semana de Setembro.
No artesanato são típicos os trabalhos de cestaria, os cadeireiros, as miniaturas, o abegão, as cadeiras em buinho e as meias de linha de algodão.
Como personalidade natural do concelho destaca-se Correia da Serra (1750-1823), abade e cientista, e que foi responsável pela criação, em 1779, da Academia Real das Ciências de Lisboa.

1 comentário:

  1. OBRIGADO
    belissimo blog do nosso alentejo.
    abraços de um eborigene em Maastricht.

    paulo gomes

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