"Que o Senhor vos ilumine, abençoe e vos proteja."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vimieiro uma vila com história, no Alentejo ....

(Ermida de Santo António)
Pequeno presépio, recortado na planície alentejana, ora exuberantemente verde graças às abundantes chuvas que este Inverno fazem renascer ribeiros e empapam terras, o Vimieiro destaca-se pela brancura do seu casario, encimado pela torre da Igreja Matriz.
A vila espraia-se, paralela à estrada, entre Estremoz e Arraiolos, em ruas tortuosas, desenhadas por pequenas casas brancas, que conduzem ao centro da vila, onde se destaca a Igreja.
De destacar, para além da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação do Sobral de Vimieiro, a Igreja do Espírito Santo e a pequena Ermida de Santo António, e o que resta do Palácio dos Condes do Vimieiro, edifício doado à Misericórdia, que deverá ser recuperado.
Quem visita o Vimieiro não pode deixar de conhecer o Centro Interpretativo do Mundo Rural, onde vai ficar a conhecer a vida dos homens que através dos tempos, fertilizaram a terra com o seu suor e dela tiraram o provento familiar.
Nas ruas, as pessoas espreitam os visitantes, numa curiosidade simpática e acolhedora que se traduz num cumprimento educado.
Alguns cafés e um restaurante bem simpático onde a gastronomia do Alentejo se recomenda, fazem parte da oferta de uma vila onde – nos dizem - não faltam os sapateiros, últimos guardiões de uma arte ancestral, cuja qualidade atrai muitas pessoas de fora para encomendar botas e calçado feito a mão e por medida.

A localidade é servida por duas associações de cariz juvenil, a Jovem - Jovens Vimieirenses em Movimento que se dedica à promoção de acções de educação ambiental, organização da festa da Juventude e de cafés -concerto e outros eventos e o Agrupamento de Vimieiro do Centro Nacional de
Escutas. Uma das festas com mais expressão é a Feira anual.
A feira que inicialmente se realizava no Domingo de Páscoa, passou, a partir de 1721, a fazer-se nos dois primeiros dias do mês de Agosto.
A feira notabilizou-se como local importante na negociação dos cereais, pois saían dela os preços de referência dos cereais para todo o país.
Actualmente, a Feira Anual, tem como data de referência o primeiro domingo de Agosto e leva à vila muitos visitantes, assim como inúmeros vimieirenses e seus descendentes espalhados pelo mundo.

Segundo a Wilkipédia, Vimieiro é uma vila do concelho de Arraiolos, com 252,47 km² de área e 1 600 habitantes, segundo os censos de 2001.
Foi sede de concelho entre 1257 e 1855. São conhecidos dois forais, o primeiro atribuído por D. Martinho Peres, bispo de Évora, em 1257, e o segundo por D. Manuel I, rei de Portugal, em 1512 Era constituído, em 1801, pelas freguesias da vila e de Santa Justa. Tinha então 1 819 habitantes e 266 km². Em 1849 era constituído apenas pela freguesia da sede.
Entre os ilustres que viveram no Palácio dos condes de Vimieiro destaca-se a mulher do quarto conde, Teresa Josefa de Melo Breyner. Segundo ficamos a conhecer, através do blogue de José Norton, Teresa Josefa de Melo Breyner era uma intelectual do século XVIII, época em que a maioria das mulheres, mesmo as da classe alta, eram iletradas.
Teresa Melo Breyner seria amiga de Alcipe, a futura condessa de Alorna, tendo também um nome arcaíco, Tirze.
No palácio do Vimieiro, onde Tirze vivia grande parte do ano, havia uma biblioteca recheada dos melhores autores clássicos, não sendo de estranhar que fosse uma mulher muito culta, também poetisa. Tereza Melo Bryner teve entre os seus descendentes e familiares outros homens de letras, como o marquês de Ficalho, Sofia Melo Breyner e Miguel Sousa Tavares.
Diz José Norton no seu blogue que Tereza Melo Bryner merecia ser recordada na localidade. Estamos inteiramente de acordo com a sugestão e, se mais não for... porque não incluí-la na toponímia da vila?

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