MEDICINA TRADICIONAL / DE INTERESSE ETNOGRAFICO É UM SABER DE TRANSMISSÃO ORAL
Asma – Tratamento mais adequado é o mel e as águas termais de Entre-os-rios, para que o doente passe melhor.
Coice – banhos de congorsa ou a erva-da-inveja
Diarreia – utilizavam o chá da flor dos figos da índia (a que chamam também figos-chumbo) e o chá da erva rabo-de-gato.
Dor de cabeça – combatia-se pondo rodelas de batata nas temporas.
Dor de ouvidos – tratam-na untando os ouvidos com azeite morno.
Entorses – aplicam cataplasma, vinagre com farelos, sopas de vinho e fazem benzeduras. Com uma agulha um novelo de linha pretendem coser a parte afectada, ao mesmo tempo que vão dizendo “ couso “, carne quebrada, nervo torto, isso mesmo é que eu couso. Eu pela carne, a virgem pelo osso. No final rezava-se um pai-nosso e uma ave-maria.
Facadas e golpes – para cicatrização das feridas utilizavam o bálsamo da folha da pita. Os golpes mesmo profundo banhavam-nos com chá de estevas.
Incterissia – aconselhavam cheirar o pepino-de-são-gregório e beber o chá da casca do carrasqueiro e da erva tentória.
Os doentes deviam ainda usar ao pescoço um cordão de dentes de alho até estes secarem.
Mordeduras de lacrau – aplicavam-lhes água bem quente para extrair o veneno.
Queimaduras – aplicavam a folha esmagada da concheles, a qual se encontra nas paredes velhas e telhados. Segundo outras informações há quem usasse a rama do sabugueiro depois de pisada em almofariz.
Reumático – os mais antigos usavam a aguarrás para ficção. Actualmente ainda se usa o petróleo.
Tosse convulsa – tomavam em jejum duas ou três colheres de sopa de um xarope obtido a partir da solução de açúcar com a parte interna da folha da figueira-da-índia.
Sem comentários:
Enviar um comentário