Este é sem sombra de dúvida um dos mais belos monumentos da cidade de Évora.
As informações recolhidas apontam para que tenha sido construída na segunda metade do sec: XVI, sendo 1570 a data apontada com frequência. No entanto, Túlio Espanca aponta para 1571, e André de Resende menciona apenas a chegada a Évora do bloco de mármore para a confecção da taça, em 1571, não fazendo referência ao início da construção da fonte propriamente dito. O reinado de D. Sebastião, sob a regência do Cardeal D. Henrique, é também apontado como data da construção desta fonte. Pode então depreender-se, que estamos na presença de uma obra do terceiro quartel do sec: XVI.
Diz-se também que a fonte teria sido construída, senão no local exacto, pelo menos no espaço onde se encontraria anteriormente o arco triunfal romano, ou pórtico romano.
O que se sabe é que teria existido na Praça do Giraldo, uma construção com a configuração de arco ou pórtico da época romana, sendo que nos é permitido avançar com esta hipótese tendo por base o leão de mármore depositado no Museu de Évora datado da é poça romana. Esta construção teria permanecido até à altura da construção da actual fonte, e que segundo o PADRE FRANCISCO DA FONSECA era composto por três arcos triunfais ornados de diversas ordens de colunas, arquitraves, nichos e estátuas de mármore. Para além disso diz-nos ainda que ocupava toda a largura da Praça. Aposto a este existia um pitoresco chafariz que aparecia designado como “Chafariz dos quatro leões” , cuja construção, segundo o mesmo autor é atribuída a D. João II em 148. Para além disto refere também que essa fonte, conforme designação sua, receberia água do Aqueduto da Água Prata, a qual aí correu pela primeira vez cerca de 1535, data em que teriam corrido pela primeira vez, as águas do Aqueduto, referindo também que o chafariz seria de mármore... Em 1863, altura em que a câmara municipal da cidade teria levado a cabo importantes obras de urbanização no terreiro, tabuleiro e adro da igreja de Santo Antão. Nesta sequencia ter-se-ia ordenado o isolamento da fonte, a fim de a separar das cavalgaduras. Procedeu-se então à destruição das originais guardas de mármores rectangulares, instalando-se no lugar, um gradeamento de ferro com concelas cilíndricas forjadas, que eram seguros por doze pilares de mármore em forma de cabaça estilizada. Nesta última pode ainda ver-se uma pequena pia com uma pequena torneira pegada num dos pilares. Este gradeamento caracterizou a fonte até 1968 altura em que foi retirado, repondo-se as originais guardas de mármore.
Relativamente ao abastecimento, sabe-se que teria recebido água tirada através de uma nora do Poço da Cidade situado na Rua da Selaria. Mais tarde, Francisco Arruda conduziu a canalização a água do Aqueduto. Os sobejos de água seriam escoados para o Rossio e para o Chafariz de Santo Antão, na atual rua de Serpa Pinto.
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