Arraiolos é uma vila portuguesa situada no Distrito de Évora, região Alentejo e subregião do Alentejo Central, com cerca de 3900 habitantes. É sede de um município com 684,08 km² de área e 7980 habitantes (2006) , subdividido em 7 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Mora e Sousel, a leste por Estremoz, a sul por Évora, a sudoeste por Montemor-o-Novo e a noroeste por Coruche.
A vila é conhecida pela confecção dos Tapetes de Arraiolos. Situa-se a uma cota de altitude entre os 300 e os 400 m.
HISTÓRIA
Cunha Rivara, historiador Arraiolense, na sua obra “Memórias da Vila de Arraiolos”, depois de se referir à nobreza e antiguidade de Arraiolos, bem como a alguns aspectos históricos da sua origem, afirma: “... seja como for, tenho por certo que em princípios do século XIII já havia povoação no sítio de Arraiolos...”
Certo é também que a abundância de vestígios relacionáveis com o final do Neolítico ou mesmo com o calcolitico são um sinal de uma significativa ocupação humana a partir do IV Milénio A.C. e, provavelmente, “na proto-História, o grande local de habitat corresponderia já à actual elevação onde se localiza o Castelo de Arraiolos".
É ainda Cunha Rivara que nos transmite as referências do padre António de Carvalho da Costa, na Corographia Portugueza (tomo2º Pág 525) e do Padre Luís Cardoso no Diccionario Geographico (tomo 1º pág. 590) onde atribuem a fundação de Arraiolos a Sabinos, Tusculanos e Albanos, ocupantes que foram da cidade de Évora antes de Sertório e deram o governo de Arraiolos ao capitão Rayeo, nome grego.
Deste nome, parece ter então derivado o nome da nossa vila, já que o nome Rayeo se foi denominando Rayolis, Rayeopolis, Arrayolos e hoje Arraiolos.
Porém, é em 1217 com a concessão do termo de Arraiolos pelo rei D. Afonso II, ao Bispo de Évora D. Soeiro e ao cabido da Sé da mesma cidade, que se inicia um novo capitulo da nossa história.
Em 1290, Arraiolos recebe o 1º Foral, de D. Dinis, e o mesmo monarca manda edificar o Castelo em 1305, sendo que no dia 26 de Dezembro de 1305 o Concelho representado por João Anes e Martim Fernandes, outorgou com com o Rei o contrato para a sua feitura.
Arraiolos foi condado de D. Nuno Álvares Pereira - 2º conde de Arraiolos - a partir do ano de 1387. Antes de recolher ao Convento do Carmo em Lisboa, o Condestável do reino, permaneceu aqui longos períodos da sua vida.Em 1511 recebe Foral novo de D. Manuel.Ao longo dos anos foram muitas as alterações do seu território, tendo limites administrativos definidos a partir de 1736, sofreu, entretanto, várias alterações:- Inclusão no distrito de Évora (1835) ; Anexação do concelho de Vimieiro (1855) ; Anexação do concelho de Mora (1895) ; desanexação do concelho de Mora (1898).Situado no interior sul do país, na vasta região alentejana , Arraiolos é hoje um concelho com 684,08Km2, para uma população de 7616 habitantes (censos de 2001) distribuídos por 7 freguesias: Arraiolos, Vimieiro, Igrejinha, S. Pedro da Gafanhoeira, Sabugueiro, S. Gregório e Santa Justa.
ARRAIOLOS TERRA DOS TAPETES é ainda os séculos de história bordados à mão por gerações e gerações de bordadeiras que fizeram chegar até aos nossos dias o nosso mais genuíno artesanato o “Tapete de Arraiolos”.
A referência escrita mais antiga que até hoje é conhecida está no inventário de Catarina Rodrigues, mulher de João Lourenço, lavrador e morador na herdade de Bolelos, termo de Arraiolos, onde, pelo ano de 1598, é descrita a existência de hum tapete da tera novo avalliado em dous mill Reis.
Certo é ainda que as escavações arqueológicas realizadas na Praça Lima e Brito no inicio do Séc. XXI, sob a responsabilidade da Arqueóloga Ana Gonçalves, sem prejuízo de uma investigação mais pormenorizada, induzem o inicio da produção de tapetes em Arraiolos para uma fase anterior ao Séc. XV.
O concelho, a par da riqueza da sua paisagem, é detentor de um vasto património edificado que a Câmara Municipal tem procurado preservar e valorizar.
Deste conjunto destacam-se diversos monumentos nacionais e outros imóveis, nomeadamente:
Templo Romano - Santana do Campo
(Ruínas Romanas de São João do Campo*)
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