(Extracto da acta da reunião pública da CME, de 22 de Setembro de 2010)
«Os funcionários da Câmara entram às 8 horas da manhã, chegam ao local de trabalho efectivo às 9 horas, às 10 horas param para “tirar a bucha”, prática instituída. Às 10,30h recomeçam. Às 11,45h arrumam as ferramentas para estarem a almoçar às 12 horas, terminando o almoço às 13 horas. Vão novamente na carrinha para o local de trabalho, onde chegam às 13,30h, às 14h vão tomar a “bica”, voltam às 14,30h e às 15,45h arrumam as ferramentas e tomam duche, para saírem às 16 horas»Quem nos diz isto não é um vulgar cidadão agastado pela ineficácia municipal, num desabafo à esquina da rua ou à mesa do café. Quem assim falou, no passado dia 22 de Setembro, na reunião pública da Câmara Municipal de Évora, foi precisamente o responsável máximo pela organização e gestão dos recursos humanos da autarquia: o seu Presidente.
Acontece que o presidente da CME não é um novato recém-eleito surpreendido com uma realidade desconhecida. A verdade é que desempenha funções executivas na autarquia de Évora desde 1997, sendo que nos últimos 9 anos foi o principal responsável pela organização e funcionamento dos serviços. Não se entende, assim, esta confissão pública da sua própria incapacidade e ineficácia enquanto gestor dos recursos humanos da autarquia.
A não ser que pretenda apenas dar continuidade ao velho costume dos bodes expiatórios, enxovalhados e abandonados na praça pública, para que carreguem os pecados de quem não os sabe organizar e dirigir.
FONTE: http://maisevora.blogspot.com/
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