"Que o Senhor vos ilumine, abençoe e vos proteja."

terça-feira, 15 de abril de 2014

escrita na Paisagem - Évora


Bruno Dumont, La vie de Jésus (1997)

Cinema na páscoa - 17 - 18 - 19 de abril 2014
Três-filmes-três
Auditório Soror Mariana, 21h 30. Entrada livre.
Três agentes culturais da cidade de Évora, a Colecção B, o Cinema -fora- dos Leões e o Cineclube da Universidade de Évora celebram a Páscoa organizando conjuntamente um programa de exibição de cinema dedicado ao tema. Procura-se não apenas ensaiar e aprofundar modos de cooperação entre entidades como por essa via promover uma iniciativa visando alargar o calendário pascal através da partilha cinematográfica. Dá-se assim a este tempo festivo mais uma face, com filmes que interpelam e laicizam algum tanto o que o calendário religiosamente traz a cada ano.
 Numa cidade onde a programação de cinema abunda, para quem a quiser acompanhar, apoiar e ver, lançamos pois o convite para estes três-dias de três-filmes de Cinema na Páscoa. Contamos com a vossa presença!

17 de Abril
Bruno Dumont (França), La vie de Jésus (1997, 96')
Bruno Dumont é um dos mais importantes realizadores franceses dos últimos vinte anos, com um percurso singular, marcado por filmes viscerais e disruptivos. Em A vida de Jesus, Freddy e o seu gang perdem os dias a circular sem rumo nas suas motos. Freddy é epiléptico, vive com a mãe, proprietária de um pequeno café em Bailluel (França), e namora com Marie, uma caixa de supermercado. A vida decorre entre os seus encontros amorosos e a vida do gang. E tudo se repete como de costume, até que um dia um jovem africano, Momo, decide cortejar Marie…

18 de Abril
Denys Arcand (Canadá), Jésus de Montreal (1989, 119')
Nome central do cinema canadiano, Denys Arcand conta neste Jésus de Montreal a história da transformação de uma encenação 'tradicional' da paixão de Cristo. Actores novos e novo encenador resultam em nova leitura da paixão, o que desencadeia reacções violentas por parte da Igreja, mas uma excelente resposta por parte dos espectadores. Ao longo do filme, estabelecem-se vários paralelismos entre a vida dos actores e os episódios bíblicos, desenhando-se a hipótese de comparar a fundação da igreja à fundação de uma companhia de teatro dedicada à experimentação.

19 de Abril
Artur Aristakisyan (Rússia), 1993, Ladoni (Palms) [original russo, legendas em inglês]
Aristakisyan, um nome raro e de produção bissexta do cinema russo (moldavo, mais precisamente), propõe em Ladoni, essas palmas que tanto evocam o contexto festivo pascal, um extraordinário percurso pela pobreza. São figuras da solidão e do silêncio, da cegueira e da fuga, da indiferença e da crença as que povoam este soberbo filme. Ladoni é uma construção poética em que as palavras que um pai dirige ao filho são devoradas por estas figuras que no ecrã desfilam no seu silêncio violento feito de infindáveis histórias. Numa delas, um rapaz cego, filho de cegos, crê absolutamente que no mundo todos são cegos, e assim aprende a esperar quando não o vêem…
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A Colecção B e o financiamento de proximidade
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